segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Putrefatos

 Vejo meu mundo se partindo e, onde estou, me paraliso e não faço nada para impedir. Meu dia escurece e com ele se foram meus sonhos. E de tão perfeita, acabei me iludindo com minha mentira, caindo eu um poço sem fim. Aos poucos fui me perdendo nessa longa fuga de meus pensamentos, agora já não sei mais o que fazer. Correr não é a solução, tão pouco se acomodar. Apenas grito numa frustada tentativa de chamar atenção de alguém, um desconhecido qualquer que venha me salvar.
 Aprendo a conviver com minhas agonias, apenas pedindo que me deixem ir. Se pudesse, simplesmente abandonaria essa verdade apodrecida, que me enoja com todos esses seus detalhes putrefatos. Nem sei mais o que quero fazer com minha vida, meus caminhos são meras incógnitas flutuando em vácuo, apenas desperdiça todo o seu potencial.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Stranger

 Tem momentos em que necessito desligar minha mente, fugir de tudo. Mas é no silêncio da solidão que toda a escuridão se aflora, fazendo de mim seu escravo. Liberdade é apenas mais um sinônimo para os meus sonhos perdidos. Me escondo na penumbra de meus desejos, dos mais árduos aos mais simplórios. 
 Já não reconheço aquela face que vejo no espelho, o que vejo é apenas tristeza, dor e arrependimento. Nunca pensei que fosse ser assim, mas foi. Acho que agora sou apenas o meu medo lutando pela sobrevivência.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Apenas por viver


 Isolado no meu canto, busco respostas para perguntas inexistente. Mesmo rodeado por tantas pessoas, estou sozinho. Estou constantemente me escondendo por trás de falsos sorrisos, o que sempre dá certo. Apenas luto por um lugar no espaço, mas sei que isso já não é possível.
 Aquele menino alegre que um dia existiu, hoje deu espaço à um jovem amargurado, cheio de rancores e decepções. Foram tantas opções, tantos caminhos, mas escolhi justamente aquele o qual eu não sei. Sinceramente, não sei mais o que faço, é como se minhas atitudes estivessem no piloto automático. Não sei o
porquê dessas decisões que eu tomo - ou tomei. Me entristece muito o fato de'u ter sido tão fraco, de ter me deixado cegar pelas ilusões de uma futilidade qualquer.
 Essa chuva que cai, é o suficiente para diluir o que restou dos meus sentimentos. E o hoje talvez eu seja apenas uma carcaça envernizada, feliz e sorridente, mas que por dentro já está oca, apodrecendo, sendo consumida pelos mais diversos bichos e vermes. Vivo apenas por viver, provavelmente, não por muito tempo, mas pelo tempo suficiente.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Sombra

Sempre busquei me apoiar nessa tal verdade consoladora, que seria capaz de me tornar livre. Caminhei cegamente em busca disso, não importando o que houvesse, lá estava eu. e Assim foi por longos tempos até eu, conseguir realmente, abrir meus olhos e perceber que essa verdade nunca foi capaz de me libertar. Então, resolvi seguir pela sombra, pois a intensa claridade já não me interessava mais. A noite se tornou longa e encantadora, rumei novos sentidos e hoje procuro por um motivo que me faça voltar pra casa, porém, não é tão simples assim. As vezes me assusto com esse produto que me tornei, mas já não me importo mais.