Passo as noites trancado em meu quarto imerso nessa escuridão. Meus gritos ecoam nesse silêncio, enquanto essa solidão me devora. Apenas fecho meus olhos com o desejo de não mais abrir-los. Porém os abro e tento seguir por meio essa escuridão, que me cega, que me atormenta, entretanto, ela é que me traz paz.
Os dias passam e vou sentindo cada vez mais forte essa insanidade tomando conta de mim. Luto toda manhã buscando motivos para acordar. E a quando a noite chega, sempre busco novos motivos para continuar a respirar. Estou a cada dia mais trancafiado entre as correntes dessa prisão que chamo de mente.
Já está na hora de'u sair dessas amarras e voar por aí, abrir minhas asas para a liberdade, mas é
como se os dias de sonhos se acabassem e com a realidade me puxando e me lançando num abismo. E é assim que me vejo, caindo num poço sem fundo, vivendo a agonia de
perto.